São Tomé e Príncipe, uma pequena nação insular localizada no oeste da África, está à espera de um resultado significativo da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP30, que ocorrerá no Brasil em novembro. O primeiro-ministro Américo D’Oliveira dos Ramos destacou a importância do encontro em uma entrevista à ONU News, enfatizando que é crucial que os países insulares recebam apoio adequado para implementar ações climáticas.
Ramos explicou que o arquipélago já enfrenta sérios desafios devido às mudanças climáticas, como chuvas intensas e deslizamentos de terra que impactam diretamente a população e a agricultura. Embora São Tomé e Príncipe contribua em termos mínimos para a emissão de gases de efeito estufa, os efeitos das ações de países que poluem mais intensamente afetam de forma desproporcional a economia e a vida cotidiana dos cidadãos.
Para mitigar esses efeitos, o governo tem buscado alternativas, mas a falta de financiamento continua a ser um obstáculo. São Tomé e Príncipe se posicionou como um líder regional em “economia azul”, desenvolvendo estratégias e planos de investimento com a colaboração de parceiros internacionais.
Além disso, a recente transição da nação para a categoria de país de desenvolvimento médio representa tanto uma oportunidade quanto um desafio, pois, apesar do acesso a novos financiamentos, é necessário um impulso no setor privado para fomentar áreas como turismo e infraestrutura. O país também está organizando um Fórum de Investimento em Bruxelas, que visa atrair investidores e fomentar a economia local.
Outra prioridade do governo é a juventude, que representa cerca de 60% da população. Ramos ressaltou a necessidade de criar empregos para os jovens e destacou a importância do turismo sustentável nesse processo.
Por fim, o primeiro-ministro fez um apelo à ONU para ser mais firme na prevenção de conflitos e em suas abordagens de inclusão e reforma. Ele acredita que a mensagem de união e paz deve ser reafirmada, especialmente em tempos de tensões globais crescentes. Ramos também elogiou o papel de São Tomé e Príncipe na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, enfatizando a importância da coesão entre os membros da CPLP diante dos desafios contemporâneos.
Origem: Nações Unidas


