O grupo financeiro espanhol Santander registou um aumento significativo na sua rentabilidade e na criação de valor para os acionistas, com um retorno sobre o capital tangível (RoTE) de 16,1%. Este resultado é uma melhoria de 0,7 pontos percentuais em relação ao período anterior. O lucro por ação (BPA) alcançou 0,66 euros, traduzindo-se num crescimento de 16%. O valor contável tangível por ação (TNAV) fechou o terceiro trimestre de 2025 em 5,56 euros, posicionando a instituição de forma favorável no mercado.
O compromisso do Santander com a retribuição aos seus acionistas é claro, refletindo-se no aumento de 15% na criação total de valor. Este valor inclui o dividendo em dinheiro de 11,00 cêntimos pago em maio e o dividendo a conta de 11,50 cêntimos, que será distribuído em novembro. Essa estratégia de remuneração robusta tem sido um pilar do desempenho da entidade.
Os primeiros nove meses do ano mostraram um crescimento de 7% nos recursos de clientes em euros constantes, com um aumento de 5% nos depósitos e 16% nos fundos de investimento. Esses resultados indicam uma ativa dinâmica dos clientes e uma evolução positiva dos mercados, acompanhando um crescimento de 2% no crédito, que totalizou 1,0 bilhão de euros, impulsionado por segmentos como Consumer, CIB, Wealth e Payments. O setor Retail, por sua vez, manteve-se estável, mostrando que o banco está alinhado com uma abordagem de crescimento rentável e otimização de capital.
Além disso, o Santander anunciou planos de alocar pelo menos 10.000 milhões de euros à remuneração dos acionistas por meio de recompras de ações para os resultados de 2025 e 2026. Este plano contempla recompras vinculadas à política de remuneração atual, bem como ações adicionais que serão executadas após a divulgação dos resultados anuais, permitindo a distribuição do excesso de capital CET1 ao final do exercício. A política de remuneração deve continuar alinhada com a aplicada no ano anterior, promovendo um equilíbrio entre dividendos em dinheiro e recompras de ações, sempre sujeita às aprovações legais necessárias.


