A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta quarta-feira que a reconstrução do setor de saúde em Gaza terá um custo superior a US$ 7 bilhões. Durante uma coletiva de imprensa no Cairo, Hanan Balkhy, diretora regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, enfatizou que esse investimento é crucial para garantir a paz e a estabilidade, que a saúde pode proporcionar.
Desde outubro de 2023, mais de 1,7 mil profissionais de saúde, incluindo médicos e enfermeiros, perderam a vida na região, resultando em uma exaustão significativa entre aqueles que permanecem na linha de frente. Balkhy destacou a necessidade urgente de proteger e apoiar esses trabalhadores, oferecendo não apenas remuneração adequada, mas também suporte psicossocial, para que possam continuar seus esforços vitalícios.
A reconstrução do sistema de saúde deve ser centrada na população local, com a formação de novos profissionais, reabilitação de escolas médicas e o retorno dos que foram forçados a deixar suas casas. Um dos desafios mais críticos é fazer os hospitais funcionarem novamente. Atualmente, apenas 14 dos 36 centros de saúde em Gaza estão operacionais, e isso de maneira limitada, enfrentando sérias dificuldades de eletricidade, água potável e suprimentos médicos.
A OMS continua a fornecer combustível para manter serviços essenciais, como cirurgias e cuidados neonatais, em funcionamento. Porém, a situação é alarmante, pois a escolta de ajuda humanitária tem enfrentado barreiras consideráveis. Segundo Balkhy, a urgência em combater a fome e a desnutrição é igualmente dramática, com 455 mortes registradas desde janeiro devido à nutricional extrema.
Profissionais humanitários alertam que a Cidade de Gaza está quase deserta, com muitos civis se deslocando rapidamente para o sul. As forças israelenses têm restringido o acesso à ajuda essencial e bloqueado as principais vias de comércio, resultando em mercados e estabelecimentos comerciais completamente vazios. O que outrora eram áreas movimentadas agora se tornaram sombras do que eram, refletindo a gravidade da crise humanitária que se agrava a cada dia.
Origem: Nações Unidas
