A nova edição do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento revelou uma diminuição significativa do risco de pobreza em Portugal em 2024, com 15,4% da população a indicar estar nesta situação, o que representa uma queda de 1,2 pontos percentuais em comparação com o ano anterior. Embora os números mostrem uma melhoria, ainda há 1.660 milhares de residentes que enfrentam dificuldades financeiras, recebendo rendimentos anuais líquidos abaixo do limiar de pobreza, fixado em 8.679 euros por adulto equivalente, ou cerca de 723 euros mensais.
A redução do risco de pobreza abrange diversos grupos etários, com destaque para a população idosa, que registou uma descida mais acentuada de 3,3 p.p. Além disso, a população empregada e desempregada também apresentou melhorias, com taxas a cair de 9,2% para 8,6% e de 44,3% para 42,6%, respetivamente. Regionalmente, a Grande Lisboa destacou-se como a área com o menor risco de pobreza, enquanto algumas regiões como o Alentejo e os Açores enfrentam taxas superiores a 17%.
As transferências sociais desempenharam um papel fundamental na diminuição do risco de pobreza, contribuindo com uma redução de 5,4 p.p. em 2024. O boletim ainda enfatiza que, apesar da queda nas desigualdades, a distribuição dos rendimentos em Portugal continua a ser assimétrica, com um Coeficiente de Gini de 30,9%. Adicionalmente, as melhorias no indicador de risco de pobreza ou exclusão social mostraram que, embora a taxa tenha descido para 18,6%, ainda há 1.995 milhares de pessoas afetadas, destacando as diferenças regionais na incidência deste problema.
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