As famílias portuguesas estão a enfrentar um cenário desafiador no mercado imobiliário, com uma redução notável na compra de casas em comparação ao período pré-pandemia. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2024, foram compradas 95.988 habitações por compradores de nacionalidade portuguesa, representando uma diminuição de 3,4% em relação a 2019. Em contrapartida, as famílias estrangeiras demonstraram um interesse crescente, adquirindo 38.552 casas, um aumento de 19,2% em relação ao ano anterior e de 6,7% em relação ao pré-Covid.
Os números divulgados pelo INE mostram que, no total, 134.540 habitações foram transacionadas durante 2024, com as famílias a serem responsáveis por 86,1% dessas vendas, representando um montante de 28,7 mil milhões de euros. Apesar da ligeira queda na compra de casas pelas famílias portuguesas, a evidência de atividades imobiliárias vigorosas por parte de investidores estrangeiros reflete uma dinâmica complexa do mercado habitacional em Portugal, onde cidadãos de diferentes nacionalidades estão a aumentar a sua presença.
A análise detalhada dos compradores revela que 75% das aquisições por famílias habitando em Portugal foram feitas por portugueses, embora tenha havido uma queda em comparação a 2019. Os dados também destacam os brasileiros como os principais compradores estrangeiros, seguidos por angolanos e franceses. Adicionalmente, a transação de imóveis por residentes dos Estados Unidos triplicou nos últimos cinco anos, com valores médios de compra substancialmente superiores aos de compradores portugueses, evidenciando a atratividade do mercado imobiliário português para investidores internacionais.
Ler a história completa em Idealista Portugal