As instituições bancárias em Portugal registraram uma queda significativa em 2024 no número de amortizações antecipadas e renegociações de contratos de crédito habitação. Segundo o Banco de Portugal, essa diminuição é atribuída à descida das taxas de juro, que reduziu os incentivos para os reembolsos antecipados. Além disso, o aumento dos salários nos últimos anos contribuiu para uma maior capacidade de pagamento das famílias, diminuindo a necessidade de renegociação dos contratos.
Os dados revelam que houve 182.624 reembolsos antecipados, o que representa uma queda de 26,1% em relação a 2023, totalizando cerca de 9 mil milhões de euros devolvidos. Este cenário é uma inversão em relação ao “aumento significativo” verificado no ano anterior e é reforçado pela suspensão da cobrança de comissão por reembolso antecipado em contratos com taxa de juro variável, o que incentivou as amortizações em 2022.
O número de renegociações também despencou, com uma redução de 61% em relação a 2023, totalizando 60.491 renegociações e cerca de 6,5 mil milhões de euros renegociados. A maioria das alterações contratuais se concentrou na modificação do spread, refletindo uma proatividade dos mutuários em buscar condições mais favoráveis. Além disso, 97,7% das renegociações foram feitas por mutuários sem incumprimento, mostrando um panorama financeiro relativamente saudável para as famílias portuguesas.
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