O projeto Make a Lab, cofinanciado pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), teve como objetivo principal estimular o interesse das jovens alunas do ensino secundário pela tecnologia, um entusiasmo que tende a desaparecer nessa fase. Com foco em incentivar a escolha de cursos nas áreas de engenharia, o projeto buscou demonstrar que a tecnologia e a robótica também são campos abertos às mulheres.
Dados recentes revelam a realidade desafiadora enfrentada por mulheres nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Em 2021, apenas 37,7% dos graduados nessas áreas eram do sexo feminino, e somente 34% dos pesquisadores na União Europeia eram mulheres. Diante dessa desigualdade, o Make a Lab posicionou-se como uma iniciativa crucial para reverter esses números e promover uma maior equidade de gênero.
O projeto, que ocorreu entre janeiro de 2022 e abril de 2023, ofereceu atividades a cerca de 1000 alunos, dos quais 511 eram raparigas. Os resultados foram encorajadores: mais da metade das alunas relataram um aumento no interesse em prosseguir estudos e carreiras na tecnologia. Além disso, mais de 75% admitiram sentir-se mais motivadas para se envolver em atividades de robótica e programação.
Com um investimento total de quase 66 mil euros, o projeto foi financiado em grande parte pelo Fundo Social Europeu. A gestão ficou a cargo do Centro de Apoio Social de Pais e Amigos da Escola (CASPAE), com o suporte do Instituto Politécnico de Coimbra e da empresa CleanWatts. A iniciativa representa não apenas uma esperança de mudança, mas um passo significativo em direção à igualdade de gênero em um setor ainda predominantemente masculino.
Origem: Portugal 2020