No quarto trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do país apresentou um crescimento real de 2,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, uma recuperação significativa em relação ao trimestre anterior, que havia registrado uma taxa de 2%. Esse crescimento é atribuído, em grande parte, ao aumento do consumo privado, que impulsionou o contributo positivo da procura interna. No entanto, o contributo da procura externa líquida continuou negativo, refletindo uma maior taxa de crescimento das importações de bens e serviços em comparação às exportações.
Quando analisado em relação ao terceiro trimestre de 2024, o PIB aumentou 1,5%, superando a expansão modesta de 0,3% do trimestre anterior. Apesar da melhoria geral, o contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB diminuiu, o que pode ser explicado pela redução dos investimentos e pela variação de existências, influenciada pelo comportamento das trocas comerciais internacionais. As importações, que já haviam apresentado um aumento, registraram uma diminuição em cadeia no quarto trimestre, permitindo um contributo positivo da procura externa líquida, que havia sido negativo nos trimestres anteriores.
Em termos anuais, o PIB cresceu 1,9% em 2024, após um aumento de 2,5% em 2023. A procura interna teve um desempenho melhor do que no ano anterior, evidenciando um crescimento nas despesas de consumo final, enquanto o investimento experimentou uma desaceleração. O desempenho da procura externa líquida foi negativo em 2024, após ter contribuído positivamente nos dois anos anteriores, resultado de um aumento nas importações, que superaram o crescimento das exportações, que se manteve estável em relação ao ano anterior. As expectativas para o próximo ano permanecem cautelosas, dado a dinâmica das importações e a possibilidade de novos desafios no cenário econômico internacional.
Origem: Instituto Nacional de Estatística