A 3ª Conferência dos Oceanos continua hoje em Nice, França, com ênfase em financiamentos para a ação climática focada na proteção dos oceanos, alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14. Os participantes abordam questões cruciais, como o combate à poluição marinha, em um momento em que a saúde dos oceanos é vital para o equilíbrio do planeta, cobrindo 70% da superfície da Terra e gerando metade do oxigênio que respiramos.
Durante a abertura da conferência, o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, reiterou a importância dos oceanos, refletindo sobre a história marítima do país e seu futuro. Ele destacou que mais de 97% do território português é composto por água e que a preservação desse recurso é fundamental. Montenegro anunciou uma moratória à mineração em mar profundo até 2050, defendendo que o avanço nessa área deve ser respaldado por mais ciência e conhecimento.
Portugal se posiciona como defensor do vínculo entre oceanos, clima e biodiversidade, adiantando que a COP30, que ocorrerá em Belém do Pará no Brasil em novembro, será uma oportunidade vital para avançar nesses temas. O país está comprometido em estabelecer um instrumento legal robusto contra a poluição plástica até 2040 e busca a rápida implementação do acordo sobre biodiversidade marinha, ressaltando que tanto os oceanos quanto a humanidade não podem esperar mais.
Adicionalmente, a conferência aborda tópicos como a pesca sustentável, a criação de áreas marinhas protegidas e a descarbonização do transporte marítimo, reforçando a necessidade urgente de ações coordenadas para garantir um futuro sustentável para os oceanos. A primeira Conferência dos Oceanos, realizada em 2022 em Lisboa, sob a organização de Portugal e Quênia, lançou as bases para o diálogo internacional contínuo sobre a proteção dos mares.
Origem: Nações Unidas