Portugal ocupa o último lugar na União Europeia no que diz respeito à aprendizagem de duas ou mais línguas estrangeiras no ensino secundário, segundo dados recentes do Eurostat. Apenas 6,7% dos alunos portugueses se encontram nesta situação, um valor que está muito aquém da média europeia de 60%. O resultado coloca o país numa posição de destaque indesejável, ao lado de Irlanda e Espanha, enquanto vários Estados-membros apresentam uma adesão quase universal a esta prática.
O relatório, citado pelo jornal Público, revela que a taxa de estudantes portugueses que aprendem múltiplas línguas registou uma ligeira diminuição em relação a 2022, com uma queda de 0,8 pontos percentuais. Em contraste, na liderança do ranking estão países como França, Roménia e República Checa, onde as porcentagens de alunos aprendendo duas ou mais línguas atingem níveis superiores a 98%. No contexto da educação profissional, a situação é ainda mais alarmante, com exceções notáveis apenas em algumas nações do Leste Europeu.
Na realidade portuguesa, o inglês destaca-se como a língua mais estudada, com 96% dos alunos nos cursos científico-humanísticos a optarem por esta língua. Embora o currículo nacional estabeleça a obrigatoriedade do inglês do 1.º ao 9.º ano, a partir do ensino secundário, a maioria dos alunos fica restrita ao estudo de uma única língua estrangeira. O curso de Línguas e Humanidades é uma exceção, permitindo o aprendizado de duas línguas, mas a realidade é que muitos estudantes terminam a sua formação sem experiência significativa em mais de um idioma estrangeiro.
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