Portugal enfrenta um novo desafio significativo em direção à sustentabilidade do setor imobiliário, com a meta de transpor a nova Diretiva Europeia sobre Eficiência Energética até maio de 2026. Nelson Lage, presidente da ADENE – Agência para a Energia, expressou confiança no potencial do país para se destacar nessa transição energética, destacando a vantagem competitiva proporcionada pela alta produção de energias renováveis. No entanto, a complexidade da nova diretiva e os prazos apertados de implementação representam desafios substanciais para o setor da construção civil.
Durante a XII Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, Lage enfatizou a importância da eficiência energética como pilar fundamental da evolução na construção e reabilitação urbana. Ele destacou que as recentes revisões na legislação europeia trazem novas exigências que redefinem o conceito de viver em edifícios modernos. Sem deixar de lado o progresso já feito, Rui Fragoso, da ADENE, destacou a evolução positiva nas necessidades energéticas dos edifícios modernos em comparação aos construídos há décadas, embora ainda haja muito trabalho a ser feito em termos de reabilitação de estruturas mais antigas para atender aos novos padrões.
Além das características favoráveis de Portugal, como seu clima ameno e a abundância de materiais sustentáveis, as empresas estão inovando na produção de materiais de construção mais ecológicos e na automatização dos processos de obras, buscando reduzir o desperdício e otimizar recursos. Apesar dos avanços, o desafio permanece em adaptar o vasto parque imobiliário existente e melhorar os edificações que carecem de eficiência energética, apontando para a necessidade de um plano claro de intervenção, estratégias de financiamento robustas e capacitação de profissionais para liderar a mudança rumo a um futuro mais sustentável.
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