A Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos para o Sudão apresentou, na semana passada, ao Conselho de Direitos Humanos o relatório intitulado “Uma Guerra de Atrocidades”. O documento revela que as forças envolvidas no conflito estão intencionalmente atacando a população civil, cometendo uma série de atrocidades, que incluem crimes de guerra em larga escala.
As cerimônias de apresentação do relatório destacaram os atos de “perseguição e extermínio”, levantando preocupações sobre os crimes contra a humanidade no país. Investigadores afirmam que tanto as Forças Armadas Sudanesas quanto as Forças de Apoio Rápido (RSF) têm se mostrado responsáveis por ataques diretos a civis, além de perpetrar atos severos de destruição de infraestrutura essencial, como centros de saúde, mercados e sistemas de água.
O relatório detalha os horrores vividos durante o cerco de Al-Fasher, na região de Darfur, onde os paramilitares estariam envolvidos em vários crimes contra a humanidade. Apesar de solicitações para comentários por parte da missão da ONU, não houve respostas imediatas das forças implicadas.
Além disso, o documento ressalta que as RSF têm utilizado a fome como uma estratégia de guerra, privando os civis de acesso a alimentos e medicamentos, intensificando a crise humanitária em curso na região. Centenas de milhares de pessoas permanecem sitiadas em Al-Fasher, a capital do estado de Darfur do Norte, que se tornou o epicentro do conflito.
Origem: Nações Unidas