A Polícia Judiciária (PJ) realizou, na quarta-feira (5 de novembro de 2025), uma ampla operação em Ourém, envolvendo buscas na Câmara Municipal e em três empresas do grupo Verdasca, no contexto de uma investigação sobre alegados crimes relacionados a violação das regras urbanísticas, poluição, corrupção, fraude na obtenção de subsídios e branqueamento de capitais. A operação, denominada “Terra Limpa”, visou a execução de 25 mandados de busca e contou com a participação de diversas instituições, incluindo a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT).
A investigação levantou sérias suspeitas de que as empresas em questão operaram ilegalmente em áreas de reserva ecológica nacional e sem as necessárias licenças. A PJ revelou que uma destas unidades industriais, em funcionamento, poderá ter contribuído para danos ecológicos significativos e, adicionalmente, está sob investigação por possíveis práticas de deposição clandestina de resíduos. As violações levantam questões preocupantes sobre a conformidade das atividades empresariais com as normas ambientais.
Além das irregularidades urbanísticas, a PJ também investiga a apresentação de candidaturas fraudulentas a subsídios europeus, com valores que somam 19 milhões de euros. Segundo a PJ, já foram pagos 5,5 milhões de euros a esses projetos, que haviam sido apresentados com licenças provisórias emitidas pela Câmara de Ourém. A investigação prosseguirá com a análise de documentos, provas ambientais e digitais, visando desvelar todas as condutas criminosas e assegurar a responsabilização dos envolvidos.
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