OpenAI projeta uma revolução tecnológica com um milhão de GPUs
No universo da inteligência artificial, OpenAI toma um passo ousado ao anunciar que, até o final de 2025, espera contar com mais de um milhão de unidades de processamento gráfico (GPUs) operacionais. Sam Altman, CEO da empresa, expressou seu orgulho pelo time, mas em tom brincalhão, desafiou-os a multiplicar esse número por 100.
Agora, a empresa que originou o ChatGPT se posiciona como uma das maiores potências computacionais do mundo, levantando questões sobre energia, governança e a influência do poder digital. Enquanto concorrentes como a xAI de Elon Musk possuem cerca de 200.000 GPUs, a meta da OpenAI é quintuplicar essa cifra. Para Altman, o verdadeiro limite não está mais nos algoritmos, mas sim na infraestrutura de hardware.
Um dos ícones dessa ambição é um mega data center em Texas, já o maior do mundo dedicado à IA, que atualmente consome 300 megawatts e pretende alcançar 1 gigawatt em 2026, suficiente para abastecer uma cidade inteira. No entanto, esse crescimento exponencial traz desafios para as redes elétricas locais, que se veem sobrecarregadas para manter a estabilidade.
A visão de escalar de 1 para 100 milhões de GPUs pode parecer absurda, mas Altman não descarta essa possibilidade. A estimativa de custo para tal inovação gira em torno de 3 trilhões de dólares apenas em hardware. Contudo, a empresa está à procura de soluções alternativas que envolvem chips personalizados e arquiteturas mais eficientes para que o crescimento não comprometa a sustentabilidade.
Neste novo paradigma, a infraestrutura se torna a chave para a competitividade. Além da qualidade dos modelos, a capacidade de treinar e escalar esses sistemas rapidamente é crucial. Gigantes como Meta, Amazon, Google e Apple também estão se movendo na direção de centros de dados especializados e chips próprios, colocando a batalha pelo controle de recursos físicos no centro da guerra tecnológica.
Entretanto, cresce a preocupação sobre as implicações dessa corrida. Questões como o gerenciamento dos recursos e a desigualdade no acesso à computação se tornam prementes, especialmente quando uma única empresa pode ter mais poder de processamento do que muitos países.
Com um tom casual, Altman continua a desafiar os limites do que conhecemos sobre tecnologia. O marco de um milhão de GPUs representa o início de uma nova era na história da tecnologia, onde a infraestrutura se torna sinônimo de poder – um poder que, como avisa Altman, precisamos abordar com responsabilidade. A pergunta fundamental não é mais se conseguiremos construir uma IA mais poderosa, mas se podemos e devemos sustentá-la.