Nesta terça-feira, o coordenador residente das Nações Unidas no Irã, Stefan Priesner, expressou preocupações significativas sobre a situação das pessoas deslocadas e as condições do setor de saúde no país, após uma série de ataques que resultaram em 627 mortos e quase 5 mil feridos. Durante uma entrevista em Teerã, Priesner destacou que os dados oficiais referem-se a incidentes ocorridos desde as primeiras horas da manhã do dia 13 de junho, quando os ataques afetaram a capital e outras regiões.
Priesner ressaltou que, nos doze dias após os ataques, diversas operações militares ocorreram entre as partes envolvidas. Autoridades israelenses relataram 28 mortos e cerca de 3 mil feridos em ações atribuídas ao Irã em território israelense, antes da implementação de um cessar-fogo em 24 de junho.
O coordenador da ONU observou que milhões de pessoas deixaram Teerã rapidamente após o início das hostilidades, com a maioria se deslocando para o norte. Ele também discutiu as necessidades emergentes do setor de saúde, que foram intensificadas devido a ataques a hospitais e ambulâncias. As equipes da ONU, que permanecem no país durante o conflito, estão em diálogo com o governo iraniano para adaptar programas às novas demandas humanitárias que estão se tornando evidentes.
Com relação à situação dos refugiados, Priesner indicou que ainda é prematuro avaliar o impacto total dos conflitos, mas notou um aumento no retorno de afegãos, possivelmente devido à auto evacuação e deportações. Nos últimos dias, o movimento de refugiados cruzando a fronteira aumentou, especialmente no dia 26 de junho, quando o número de retornos voluntários foi significativo após a diminuição das hostilidades, apesar de relatos de deportações ainda serem comuns.
Origem: Nações Unidas