No oitavo dia de conflitos militares entre Israel e Irã, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo em uma sessão de emergência do Conselho de Segurança, onde pediu que se “dê uma chance à paz”. A solicitação foi apoiada por países como Argélia, China, Paquistão e Rússia. Guterres expressou preocupação com o aumento da violência, que tem resultado em um número alarmante de vítimas civis e destruição em larga escala, incluindo ataques a instalações nucleares.
O secretário-geral destacou que o mundo está à beira de uma crise e que o desdobramento do conflito pode provocar uma escalada descontrolada. Durante o dia, dezenas de ataques foram registrados entre as forças de ambos os países, com hospitais sendo atingidos e civis vivendo em meio a explosões e fumaça. Guterres reiterou a importância de respeitar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, enfatizando que a não-proliferação é fundamental para a segurança global.
Adicionalmente, a subsecretária-geral para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, afirmou que 90% das vítimas iranianas dos ataques eram civis e que 100 locais nucleares foram atacados. Somente no Irã, 224 pessoas morreram e mais de 2.500 ficaram feridas. Em resposta, os ataques iranianos a Israel resultaram na morte de 24 israelenses, com um grande número de feridos.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, pediu calma, alertando que a escalada militar compromete a segurança nuclear e a busca por uma solução diplomática em longo prazo. Ele ressaltou que, embora não tenham ocorrido vazamentos radioativos até o momento, o risco aumenta conforme os ataques prosseguem.
A ONU também enfatizou que uma possível expansão do conflito pode ter consequências devastadoras tanto para a região quanto para a paz internacional. O impacto econômico já está sendo sentido, com uma queda de 15% no comércio através do Estreito de Ormuz, uma rota crucial para o transporte de petróleo, acentuada pela crescente tensão na área.
Origem: Nações Unidas