Cinco países e territórios estão em situação crítica de fome, segundo um relatório apresentado por agências da ONU nesta segunda-feira. Haiti, Territórios Palestinos, Sudão, Sudão do Sul e Mali enfrentam o risco iminente de fome extrema e mortes, a menos que medidas humanitárias urgentes sejam implementadas.
Os dados demonstram que as comunidades nesses locais já lidam com níveis alarmantes de insegurança alimentar. As causas incluem a intensificação de conflitos, choques econômicos e desastres naturais, exacerbadas por restrições de acesso e cortes de financiamento humanitário.
No Sudão, a fome foi oficialmente registrada em 2024, com previsões de que a situação se agrave devido à continuidade dos conflitos e deslocamentos forçados, especialmente nas regiões do Grande Cordofão e da Grande Darfur. Em Gaza, o aumento das operações militares tem dificultado a entrega de assistência essencial.
O Sudão do Sul também enfrenta crises políticas e desastres naturais, afetando 7,7 milhões de pessoas, ou 57% da população, com insegurança alimentar aguda. Haitianos, por sua vez, estão sendo afetados por níveis recordes de violência de gangues, com mais de 8,4 mil deslocados internos em condições críticas na capital, Porto Príncipe.
Em Mali, o aumento dos preços de grãos, somado ao conflito em curso, agrava a vulnerabilidade das famílias, prevendo-se que cerca de 2,6 mil pessoas sofram insegurança alimentar extrema até o final de 2025.
O relatório aponta que 13 países e territórios estão sob alto risco de deterioração da segurança alimentar, além dos cinco identificados como críticos, incluindo Iémen, República Democrática do Congo, Mianmar e Nigéria. Este estudo, elaborado pelo Programa Mundial de Alimentos (WFP) e pela FAO, com apoio financeiro da União Europeia, analisa de forma preditiva a evolução das crises alimentares nos próximos meses.
Origem: Nações Unidas