A ONU intensifica esforços para restaurar a ordem constitucional na Guiné-Bissau, após um golpe de Estado ocorrido em 26 de novembro. A situação no país se agravou quando militares tomaram o controle, interrompendo a divulgação dos resultados das eleições presidenciais. O candidato da oposição, Fernando Dias, e o líder do maior partido do país, Paigc, Domingos Simões Pereira, foram presos, gerando alarme entre a população e a comunidade internacional.
A representante especial adjunta do secretário-geral para a África Ocidental, Barrie Freeman, afirmou ao Conselho de Segurança que as prisões e a disseminação de discursos de ódio têm gerado preocupações crescentes. Na última cúpula da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), os líderes concordaram em iniciar uma transição “curta e inclusiva”, alertando sobre sanções a quem tentar obstruir esse processo.
No contexto da crise política, a situação começou a se deteriorar após a demissão do primeiro-ministro Rui Duarte Barros pelo então presidente, Umaro Sissoco Embaló, em agosto. A exclusão do principal candidato da oposição das eleições, por razões processuais, levantou dúvidas sobre a credibilidade do pleito, que ocorreu em 23 de novembro. Foi a primeira eleição realizada integralmente com recursos do orçamento nacional desde o encerramento das operações da ONU no país em 2020.
Freeman destacou a importância da resposta unificada da Cedeao, que tem desempenhado um papel vital na manutenção da estabilidade regional. O próximo passo será a visita do Comitê de Chefes do Estado-Maior da Defesa da Cedeao à Guiné-Bissau, programada para esta sexta-feira, com o objetivo de avaliar a situação e colaborar na busca de soluções pacíficas.
Origem: Nações Unidas






