A ONU voltou a alertar sobre os riscos associados às armas nucleares, enfatizando a importância de manter a moratória informal sobre testes atômicos. Este apelo surge em um momento delicado, após declarações que sugerem a reativação de ensaios nucleares em alguns países. O vice-porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, exortou líderes mundiais a evitarem qualquer ação que possa levar a um erro de avaliação, potencialmente gerando uma escalada com consequências desastrosas.
Farhan Haq, o vice-porta-voz, reiterou que “ensaios nucleares não podem ser permitidos sob nenhuma circunstância”. Sua preocupação é intensificada pelas notícias de que o presidente dos Estados Unidos estaria instruindo o Pentágono a se preparar para testes nucleares, como resposta a manobras militares de outras potências. Haq lembrou o pesado legado de mais de 2 mil testes nucleares ao longo das últimas oito décadas, com consequências devastadoras que não devem ser repetidas.
Além disso, a ONU alertou sobre o perigo de que qualquer atividade nuclear, mesmo que destinada a dissuasão, possa provocar uma escalada rápida e imprevisível, destacando a importância de manter mecanismos de confiança e diálogo para evitar crises. Robert Floyd, secretário executivo da Organização do Tratado de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares, ressaltou a relevância desse tratado, que proíbe todas as detonações nucleares e dispõe de uma rede global para detectar quaisquer ensaios.
A mensagem da ONU é clara: restringir-se agora é uma maneira de evitar consequências imprevisíveis no futuro. O apelo combina uma advertência técnica sobre a detecção de riscos com um estímulo político para que os países priorizem o desarmamento e a diplomacia, assegurando que os mecanismos que têm evitado o retorno aos testes nucleares permaneçam ativos.
Origem: Nações Unidas
			
                                



							

