Até o dia 10 de dezembro, diversas iniciativas estão sendo realizadas ao redor do mundo para combater a violência de gênero, no âmbito da campanha global “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência de Gênero”, que teve início em 25 de novembro. Em Angola, a Organização das Nações Unidas (ONU) está colaborando com o governo e a sociedade civil para promover a conscientização sobre o tema.
Hege Wagan, coordenadora residente interina da ONU em Angola, destacou a implementação de uma campanha online inovadora que envolve instituições de diferentes setores, como a polícia e o sistema de saúde. A campanha visa compartilhar informações e ações de sensibilização, orientando a população sobre como prevenir abusos e quais passos seguir em caso de violência.
O foco deste ano é “Acabar com a Violência Digital contra Todas as Mulheres e Meninas”, com um chamado à mobilização em todas as regiões do país. Wagan enfatizou a necessidade de participação ativa de todos — escolas, comunidades e famílias — no combate à violência contra as mulheres, ressaltando que são dias cruciais para demonstrar solidariedade e ação.
Em 2025, celebrará-se o 30° aniversário da Declaração de Pequim, que facilitou a consolidação dos direitos das mulheres globalmente. Wagan afirmou que Angola comprometeu-se a fortalecer leis que enfrentam a violência de gênero e a implementar programas sociais voltados para a pobreza e a desigualdade, que atingem especialmente as mulheres. Apesar dos progressos, a representante da ONU reconheceu que ainda há um longo caminho pela frente.
O recém-lançado “Observatório de Gênero de Angola”, uma plataforma criada pelo governo, tem como objetivo monitorar e promover a igualdade de gênero, e é considerado uma ferramenta vital para direcionar intervenções baseadas em dados concretos. Segundo Wagan, uma em cada três mulheres em Angola sofre violência, com cerca de 60% desses casos ocorrendo por parte de parceiros íntimos. A colaboração contínua entre a ONU e o Ministério da Igualdade de Gênero é essencial para avançar nesta agenda crítica.
Origem: Nações Unidas






