Em coletiva de imprensa, o secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou a coragem e a resiliência dos trabalhadores humanitários, destacando que eles servem como inspiração para o mundo. Guterres fez ecoar a grave situação enfrentada pelos colaboradores da ONU em Gaza, onde a violência tomou proporções alarmantes este ano. Ele ressaltou que, dos 126 profissionais mortos em serviço, 125 eram funcionários da Agência de Assistência a Refugiados Palestinos (UNRWA), marcando a maior taxa de mortes de trabalhadores da ONU já registrada.
O secretário-geral não hesitou em afirmar que a ONU não se acomodará diante das atrocidades que resultaram no falecimento de seus funcionários, afirmando que a impunidade não pode ser aceita. Guterres reafirmou a posição da organização em não considerar assassinatos de membros da ONU, jornalistas, trabalhadores humanitários, agentes de saúde ou civis como parte de um “novo normal”.
Além disso, Guterres expressou sua frustração em relação à recente votação do Conselho de Segurança, que não aprovou uma resolução pedindo um cessar-fogo entre Israel e os militantes do Hamas. O projeto recebeu apoio generalizado, exceto dos Estados Unidos, que vetaram a proposta por não incluir a retirada do Hamas de Gaza. A situação em Gaza permanece crítica, e a comunidade internacional aguarda novas medidas para aliviar o sofrimento da população afetada.
Origem: Nações Unidas