A ONU voltou a alertar sobre os perigos associados às armas nucleares, reiterando a importância de manter uma moratória informal sobre ensaios atômicos. Esse aviso surge em um contexto de declarações que indicam uma possível reativação de testes nucleares em alguns países.
Na semana passada, em resposta a perguntas da imprensa, o vice-porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo aos líderes mundiais para que evitem qualquer ação que possa resultar em um erro de avaliação ou em um aumento da tensão com consequências desastrosas. Farhan Haq enfatizou que “os testes nucleares não podem ser permitidos em nenhuma circunstância”, refletindo a posição firme do secretário-geral.
Haq expressou preocupação com relatos de que o presidente dos Estados Unidos teria solicitado ao Pentágono que se preparasse para a reativação de ensaios nucleares, uma medida supostamente em resposta às manobras militares de outras nações. Ele ressaltou o legado histórico dos testes nucleares, destacando os danos e consequências que não devem ser repetidos.
A organização também advertiu que qualquer atividade nuclear que aumente as tensões, mesmo com a intenção de dissuasão, arrisca provocar erros de cálculo entre os Estados, levando a uma escalada rápida e imprevisível. Nesse cenário, a ONU defende a importância de preservar mecanismos de confiança e diálogo para evitar mal-entendidos que possam resultar em crises devastadoras.
Robert Floyd, secretário executivo da Organização do Tratado de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares, destacou a abrangência do tratado, que proíbe todas as detonações nucleares e conta com um sistema de monitoramento para detectar qualquer ensaio em qualquer parte do mundo. Floyd convocou os líderes para avançarem na ratificação do tratado, transformando a proibição em uma norma global e fortalecendo a confiança internacional.
A mensagem da ONU é clara e urgente: a contenção hoje é essencial para evitar consequências incalculáveis amanhã. O apelo combina um alerta técnico sobre detecção e riscos com um estímulo político para que os Estados priorizem o desarmamento e a diplomacia, assegurando que os mecanismos que têm prevenido o retorno aos ensaios nucleares e à proliferação se mantenham ativos.
Origem: Nações Unidas
			
                                



							

