A diretora-geral da Organização Internacional para Migrações (OIM), Amy Pope, esteve em Moçambique nos últimos três dias, onde se encontrou com líderes governamentais e parceiros humanitários para discutir a crise resultante de ataques de grupos armados no norte do país. A violência recente gerou o deslocamento de mais de 100 mil pessoas em Nampula, a província mais populosa, e mais de 600 mil moçambicanos ainda se encontram fora de suas casas, fugindo não apenas da violência, mas também da insegurança e dos efeitos das mudanças climáticas.
Durante sua visita, Pope elogiou a resiliência da população local e a esperança demonstrada nas conversas que teve com famílias afetadas. Ela ressaltou a importância da segurança e da inclusão nos processos de recuperação, afirmando que quando as pessoas se sentem apoiadas, conseguem transformar adversidades em oportunidades.
A chefe da OIM enfatizou que é fundamental estabelecer parcerias para promover a resiliência e, com urgência, encontrar soluções que garantam a segurança e a dignidade das pessoas deslocadas. Em paralelo, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou para a necessidade de melhores condições de habitação e acesso a serviços essenciais para os desalojados. Mary Louise Eagleton, representante da Unicef em Moçambique, destacou que a capacidade de resposta humanitária está chegando ao limite, em um momento crítico para as crianças que enfrentam o risco de ciclones e que vivem sob condições precárias.
Eagleton também enfatizou que a recente onda de deslocamento fez aumentar o número de crianças forçadas a fugir, exacerbando a sobrecarga em serviços essenciais como saúde, educação e proteção infantil. O Unicef clamou pelo fim imediato dos ataques, que comprometem os direitos fundamentais das crianças à vida, proteção, desenvolvimento, educação e saúde, pedindo um apoio adicional para atender às necessidades mais urgentes da população afetada.
Origem: Nações Unidas






