A Assembleia Geral da ONU aprovou, nesta quinta-feira, uma resolução histórica que demanda um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza, além da libertação de todos os reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. A proposta, que recebeu 149 votos a favor, foi introduzida pela Espanha em colaboração com o Estado da Palestina e 23 outros países, mas enfrentou resistência, com 12 votos contrários e 19 abstenções.
Durante a sessão, o representante palestino, Riyad Mansour, expressou gratidão pela mobilização global em apoio à iniciativa e ressaltou que Israel tem ignorado as resoluções da ONU e o direito internacional humanitário. A resolução também condena o “uso da fome” como arma de guerra e exige o fim do bloqueio humanitário imposto por Israel.
Por outro lado, Israel manifestou descontentamento com a falta de uma condenação ao Hamas no texto aprovado. O embaixador israelense, Danny Danon, destacou a situação angustiante dos 53 reféns israelenses ainda em poder do grupo terrorista e declarou que estratégias de paz devem incluir um cessar-fogo apoiado por países como Catar e Egito. Danon criticou o Hamas, alegando que o grupo rejeita acordos que visam a paz.
O embaixador da Espanha, Héctor José Gómez Hernández, enfatizou a importância de garantir a entrada “plena, rápida, segura e desimpedida” de assistência humanitária em Gaza. A resolução demanda o fornecimento de alimentos, material médico, combustível, abrigo e água potável para a população local.
Ao abrir a sessão, o presidente da Assembleia Geral, Philémon Yang, afirmou que “os horrores em Gaza precisam terminar”, sublinhando a urgência da situação humanitária na região.
Origem: Nações Unidas