A atualização mais recente do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) trouxe à luz a trágica realidade da violência na Cisjordânia, onde quatro palestinos foram mortos pelas forças de Israel em uma semana. Entre as vítimas, uma criança contribui para um total alarmante de 227 mortos desde o início do ano.
De acordo com o relatório, quase metade das mortes registradas em 2025 ocorreu nos distritos de Jenin e Nablus. Durante esse período, 212 palestinos ficaram feridos, principalmente em operações militares no distrito de Tubas. Incidentes fatais, como a morte de um homem em Qabatiya e dois homens desarmados em Jenin, intensificam a preocupação com a escalada da violência na região.
Além das mortes, as autoridades israelenses demoliram 11 estruturas palestinas por supostas irregularidades em licenciamento, com a maioria das demolições ocorrendo na Área C da Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Os impactos das ações israelenses vão além das demolições e incluem repressão a organizações humanitárias, como a interrupção dos trabalhos da União dos Comités de Trabalho Agrícola, que teve seus escritórios fechados e equipamentos confiscados.
A situação se agrava a cada dia, com mais de 95 mil palestinos sendo afetados pelas operações militares, que resultaram em confrontos e ferimentos em várias localidades. A destruição de infraestruturas e cortes de água também têm causado enormes dificuldades para as comunidades, deslocando dezenas de famílias e afetando cerca de 17 mil pessoas.
Adicionalmente, a Ocha documentou 35 ataques por colonos entre 25 de novembro e 1 de dezembro, que resultaram em ferimentos a 29 palestinos e danificaram mais de 150 árvores. Desde o início do ano, já são contabilizados 1.680 ataques em mais de 270 comunidades, com uma crescente preocupação sobre a segurança e os direitos dos palestinos, especialmente durante a sensível época de colheita da azeitona, que tem visto muitos confrontos e danos significativos em terrenos agrícolas.
Origem: Nações Unidas






