Os ataques mútuos entre Israel e Irã continuam pelo quinto dia consecutivo, intensificando a crise no Oriente Médio. De acordo com agências de notícias, o Irã afirmou ter destruído alvos estratégicos em Israel, utilizando drones para atacar as cidades de Tel Aviv e Haifa na última segunda-feira.
Em resposta, uma ofensiva israelense mirou o prédio da Rádio e Televisão Estatal Iraniana, que estava transmitindo um noticiário ao vivo no momento do ataque. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o local em chamas, evidenciando a gravidade da situação.
A ONU expressou preocupação com a escalada do conflito, especialmente em relação aos ataques a jornalistas, como destacou o vice-porta-voz do secretário-geral, Farhan Haq. “Quaisquer agressões a profissionais da mídia que realizam seu trabalho são inaceitáveis”, afirmou.
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Rafael Mariano Grossi, alertou que a troca de ataques representa uma ameaça à segurança nuclear, destacando que pela segunda vez em três anos, a comunidade internacional testemunha um conflito entre dois Estados-membros da entidade. Grossi enfatizou que a violência pode resultar em uma liberação radiológica, com consequências severas para a população e o meio ambiente. Embora os ataques israelenses tenham danificado uma importante usina de enriquecimento de urânio em Natanz, até o momento não houve alterações nos níveis de radioatividade na área.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também manifestou preocupação, ressaltando que a escalada de violência está custando vidas, incluindo a de civis e crianças. O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, fez um apelo por paz, afirmando que “os mais corajosos escolhem a paz”.
Em meio a esse cenário, a Agência da ONU para Refugiados (Acnur) confirmou que informações sobre a撤 retirada de funcionários da entidade do Irã são imprecisas. Apesar de algumas transferências temporárias, a maioria dos trabalhadores da ONU, incluindo aqueles do Acnur, permanece no Irã e continua a prestar apoio vital à população e aos refugiados. A situação segue sendo monitorada de perto pela comunidade internacional.
Origem: Nações Unidas