As ordens de evacuação emitidas por Israel na Faixa de Gaza têm gerado sérias repercussões na operação da Organização Mundial da Saúde (OMS) na região. Apesar das dificuldades, a agência confirmou que permanecerá ativa em meio aos desafios.
Na última segunda-feira, confrontos intensos em Deir Al-Balah resultaram em danos significativos para a OMS, que sofreu três ataques. A população local havia sido alertada sobre a necessidade de deixar a área. Entre os estragos, uma casa de hóspedes da OMS e seu principal depósito foram atingidos, e um funcionário da organização foi detido pelas forças israelenses.
Rik Peeperkorn, representante da OMS no Território Palestino, denunciou que esses acontecimentos se configuram como uma destruição sistemática das infraestruturas de saúde na região. Ele enfatizou a urgência de uma assistência internacional e a necessidade de aumentar a oferta de suprimentos médicos para Gaza.
Relatou-se que uma quantidade significativa de medicamentos e outros materiais essenciais foi perdida, o que representa um novo golpe ao já debilitado sistema de saúde local. Apesar de todos os contratempos, Peeperkorn reiterou o compromisso da OMS em ajudar a população.
Nesta terça-feira, várias casas de funcionários da ONU tornaram-se acessíveis após a transferência de 43 profissionais, devido ao “risco significativo” enfrentado. Durante uma sessão do Conselho de Segurança, o secretário-geral da ONU qualificou a situação em Gaza como um “horror”, destacando um nível alarmante de morte e destruição.
A escassez de alimentos e as dificuldades para a operação de ajuda humanitária estão restringindo as possibilidades de assistência à população, como relatou Guterres, reforçando que as instalações da ONU devem ser protegidas de acordo com o Direito Internacional Humanitário. O Escritório da ONU de Assistência Humanitária (Ocha) alertou que a violência tem ocorrido em meio ao colapso das condições de vida, com mais de 12 crianças e adultos morrendo de fome nas últimas 24 horas e muitos hospitalizados devido à exaustão severa. As pessoas estão se ferindo ou perdendo a vida em busca de alimentos em meio ao caos e à escassez.
Origem: Nações Unidas