A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o primeiro carregamento de combustível chegou à Faixa de Gaza, contendo 75 mil litros, após um período de mais de 130 dias de escassez. O porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, ressaltou que essa quantidade é insuficiente para atender à enorme demanda da região, enfatizando que a ajuda não deve depender de entregas especiais.
A OMS sugere que a entrega de combustível deve ser contínua para garantir que as linhas de abastecimento permaneçam abertas, permitindo o funcionamento de ambulâncias, hospitais, usinas de dessalinização e outras infraestruturas essenciais, imprescindíveis para a manutenção de serviços básicos, como incubadoras para bebês.
A situação humanitária em Gaza continua a ser crítica, especialmente para as crianças, que se tornam cada vez mais vulneráveis em meio ao conflito. O Escritório de Direitos Humanos da ONU expressou preocupação com os ataques a centros médicos, como o que ocorreu em Deir al-Balah, onde 15 palestinos, incluindo mulheres e crianças, foram mortos enquanto aguardavam suprimentos nutricionais.
Catherine Russell, diretora executiva do Unicef, qualificou o massacre de famílias buscando ajuda vital como “inconcebível”. O Exército israelense afirmou que os ataques visavam um membro do Hamas, relacionado aos atos de violência em Israel. O Escritório de Direitos Humanos manifestou sérias preocupações sobre o respeito ao direito internacional humanitário, especialmente em relação aos princípios de distinção e proporcionalidade durante os conflitos.
Origem: Nações Unidas