Tarik Jašarević, porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), enfatizou a importância de consultar profissionais de saúde ao tomar decisões sobre medicamentos durante a gravidez. A declaração ocorre em meio a preocupações sobre o uso de certos fármacos, com a OMS reafirmando que a vacinação continua a ser um pilar fundamental da saúde global.
Embora a associação entre a exposição pré-natal ao paracetamol e o autismo tenha sido objeto de alguns estudos, Jašarević alertou que as evidências ainda são inconclusivas. A falta de replicabilidade nas pesquisas exige prudência ao se estabelecer qualquer relação causal. Ele destacou que as mulheres grávidas devem ser rigorosamente acompanhadas e seguir as orientações médicas, especialmente durante os primeiros três meses da gestação.
Os dados da OMS revelam que cerca de 62 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com distúrbios do espectro do autismo. A entidade enfatizou a necessidade de incentivar mais pesquisas sobre as causas do autismo e de promover melhor apoio às pessoas autistas e suas famílias. Essa temática foi abordada em diversas reuniões internacionais, incluindo a 4ª Reunião de Alto Nível da ONU sobre Doenças Não Transmissíveis e saúde mental.
Além disso, a OMS destacou o impacto positivo do calendário de vacinação infantil, que protege contra 30 doenças infecciosas e salvou aproximadamente 154 milhões de vidas nas últimas cinco décadas. As recomendações de vacinação são fundamentadas em análises rigorosas e informações adaptáveis ao contexto nacional. Jašarević também alertou que interrupções ou atrasos nas vacinas aumentam o risco de infecções, principalmente em bebês e indivíduos com sistema imunológico comprometido, ressaltando a importância da adesão ao calendário de imunização.
Origem: Nações Unidas






