Em meio ao intenso conflito em Gaza, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que quase 42 mil pessoas sofreram ferimentos que podem ter consequências irreversíveis, conforme os dados apresentados nesta quinta-feira. Alarmantemente, um em cada quatro feridos é uma criança, destacando a gravidade da situação humanitária.
As lesões permanentes representam um quarto do total estimado, que chega a 167.376 feridos desde outubro de 2023. Entre esses, mais de 5 mil pessoas precisaram de amputações, e o cenário é ainda mais preocupante com o registro de mais de 22 mil ferimentos em braços e pernas, além de 2 mil lesões na medula espinhal e cerca de 1,3 mil no cérebro. A OMS resalta que a situação do sistema de saúde em Gaza está à beira do colapso, com apenas 14 dos 36 hospitais operando de forma parcial.
A falta de serviços de reabilitação é crítica, com menos de um terço em funcionamento e a maioria enfrentando o fechamento iminente. A guerra devastou a equipe de reabilitação, que contava com aproximadamente 1,3 mil fisioterapeutas e 400 terapeutas ocupacionais, muitos dos quais foram deslocados ou mortos.
Além das lesões físicas, o impacto psicológico é imenso. Os sobreviventes lidam com traumas profundos em um ambiente onde os serviços de saúde mental são escassos. Richard Peeperkorn, representante da OMS na região, enfatiza que a reabilitação é essencial não apenas para a recuperação física, mas também para o bem-estar mental dos afetados.
Diante desse cenário alarmante, a OMS e parceiros de saúde continuam a trabalhar em campo, mas a organização destaca a necessidade urgente de garantir proteção aos profissionais de saúde, acesso irrestrito a suprimentos necessários e a remoção de restrições para a entrada de itens médicos essenciais.
Origem: Nações Unidas






