Paulo Serôdio, arquiteto apaixonado e cofundador da Orgânica Arquitectura, reflete sobre a sensibilidade e a responsabilidade que a profissão exige. Desde 2006, ao lado de Teresa Courela, tem se dedicado a projetos que valorizam tanto a história quanto a emoção dos espaços. Com um enfoque prático, a Orgânica Arquitectura se destaca em obras como o novo Hotel Palmira, em Lisboa, e a requalificação das minas da Urgeiriça, preservando a essência cultural do ambiente construído.
A paixão de Serôdio pela arquitetura começou de forma inusitada, com dois volumes de Bruno Zevi que seus pais possuíam. Essa leitura inicial não só despertou seu interesse como também moldou sua visão sobre a profissão. Serôdio acredita que a arquitetura vai além da técnica; é uma forma de transformar a sociedade e a paisagem, uma missão que ele encara como a de um “herói”. Mesmo após anos de experiência, ele ainda busca inspiração nos livros e na cultura, reafirmando seu compromisso de criar espaços que se conectem com as emoções das pessoas.
Apesar das dificuldades impostas por regulações e um mercado cada vez mais orientado ao consumo, Serôdio defende que a arquitetura deve sempre adicionar significado e autenticidade. Para ele, o futuro da profissão depende de um maior respeito por esses valores, deixando de lado a busca por soluções mais baratas e superficiais. “A arquitetura é mais que construção; é cultura, memória e futuro”, conclui, enfatizando a necessidade de tempo e valorização em cada projeto.
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