No cenário atual de crescentes ciberameaças e uma digitalização acelerada do setor público, o Centro Criptológico Nacional (CCN), vinculado ao CNI, anunciou a assinatura de um novo acordo de colaboração com a Microsoft Espanha. Esta parceria visa reforçar a proteção dos sistemas digitais no setor público na Espanha, com foco na aplicação da inteligência artificial à cibersegurança, dentro do recém-lançado Programa Europeu de Segurança da Microsoft.
O principal objetivo da aliança é aumentar a resiliência digital do setor público frente a ameaças complexas, aprimorar as capacidades de resposta a incidentes e promover uma adoção segura de serviços em nuvem, adotando um enfoque de segurança compartilhada.
Reforço na vigilância de infraestruturas críticas é uma das prioridades do acordo, que inclui a coordenação das operações de cibersegurança e a vigilância de sistemas governamentais. O convênio permitirá também a troca de informações sobre ameaças e a implementação de tecnologias em nuvem certificadas conforme o Esquema Nacional de Segurança (ENS).
Além disso, a colaboração prevê o desenvolvimento de guias técnicas para o uso seguro dos serviços em nuvem, apoiando a adoção de soluções tecnológicas seguras sem comprometer a soberania digital. Paco Salcedo, presidente da Microsoft Espanha, destacou que “nosso compromisso é garantir que as administrações públicas tenham acesso à tecnologia mais avançada sem renunciar à segurança ou ao controle de dados.”
A inteligência artificial desempenhará um papel central nesse acordo, sendo utilizada para detectar e responder a ciberataques sofisticados. Microsoft irá colaborar na criação de materiais de formação para profissionais do setor público em áreas como ciberdefesa e segurança em nuvem. Mais de 170 serviços em nuvem e de IA da Microsoft já possuem certificação ENS, facilitando seu uso em contextos operacionais.
Esperanza Casteleiro, secretária de Estado e diretora do CNI e do CCN, afirmou que colaborações público-privadas são fundamentais para aumentar a resiliência nacional em cibersegurança, especialmente considerando que a inteligência artificial pode ser tanto uma ameaça quanto uma defesa.
Este novo acordo amplia a colaboração já existente entre as entidades, integrando componentes importantes para reforçar infraestruturas seguras e interromper redes criminosas, garantindo assim a continuidade e a proteção do ciberespaço institucional espanhol.