A NVIDIA lançou recentemente seu novo chip, Blackwell Ultra, um avanço significativo na corrida pela inteligência artificial em larga escala. A empresa descreve este novo produto como o coração da era das fábricas de IA, infraestruturas capazes de treinar e executar modelos multimodais com trilhões de parâmetros, atendendo em tempo real milhões de usuários.
Durante a apresentação oficial, a NVIDIA destacou que as inovações em silício, memória e interconexão proporcionam níveis de desempenho e eficiência sem precedentes. O design dual-retícula do Blackwell Ultra permite uma integração de dois dies, utilizando a interconexão personalizada NV-HBI, com capacidade de 10 TB/s, funcionando como um único acelerador programável compatível com CUDA.
O chip possui impressionantes 208 bilhões de transistores, representando um aumento significativo em relação à arquitetura anterior, Hopper. Além disso, dispõe de 160 multiprocessadores de streaming (SMs), cada um contendo 4 Tensor Cores de quinta geração otimizados para formatos de baixa precisão. Essa configuração oferece uma potência de 15 PetaFLOPS em NVFP4, marcando um aumento considerável em comparação com produtos anteriores.
Outra melhoria relevante é o processamento acelerado de softmax, que reduz o tempo de resposta em aplicações interativas e aumenta a eficiência energética ao diminuir ciclos de computação. O Blackwell Ultra também oferece 288 GB de memória HBM3e por GPU, permitindo que modelos com mais de 300 bilhões de parâmetros sejam hospedados sem necessidade de técnicas de offloading.
Com suporte para NVLink 5 e conexões rápidas com CPUs Grace, a NVIDIA facilita a construção de configurações massivas de treinamento e inferência. Além disso, o chip incorpora melhorias focadas em segurança e confiabilidade, permitindo partições seguras de GPU e garantindo proteção de dados sensíveis.
A nova plataforma promete impactar a economia da Inteligência Artificial, reduzindo 50% dos custos energéticos por token em comparação com a arquitetura anterior. Isso é crucial em setores diversos, como saúde e finanças, onde custos de infraestrutura e energia são significativos. Com o Blackwell Ultra, a NVIDIA não só reafirma seu papel de liderança, mas também estabelece novos padrões técnicos e econômicos para a próxima década da inteligência artificial.