No terceiro trimestre de 2024, a taxa de penetração de clientes residenciais de banda larga fixa em Portugal alcançou 92,7% das famílias, uma leve diminuição de 0,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Essa queda é atribuída ao aumento no número de agregados domésticos, conforme dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Apesar da ligeira redução na penetração, o número total de acessos à banda larga fixa subiu 2,5%, o que representa 113 mil novos acessos, totalizando 4,7 milhões. Esse crescimento foi o mais baixo percentual desde o início da coleta de dados em 2001. A fibra ótica continuou a ser o principal meio de acesso à Internet, representando 68% do total de acessos, um aumento de 2,4 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2023, com um acréscimo de 187 mil acessos em doze meses.
No entanto, as conexões de modem a cabo e ADSL enfrentaram quedas significativas. Os acessos por modem a cabo diminuíram 2,8%, enquanto os ADSL apresentaram uma diminuição alarmante de 28,1%, com os usuários migrando para tecnologias mais modernas.
Em termos de velocidade, 92% dos acessos de banda larga fixa disponibilizavam velocidades iguais ou superiores a 100 Mbps. Comparativamente, Portugal se posicionou como o quarto país da União Europeia com a maior proporção de conexões nessa faixa de velocidade, refletindo um avanço no desenvolvimento das redes de fibra ótica e na modernização das redes de modem a cabo.
O tráfego total de Internet em banda larga fixa superou os números apresentados anteriormente, com um aumento de 10% e atingindo uma média mensal de 301 GB por acesso. Esse resultado marca um novo recorde histórico para o país.
No mercado de acesso à Internet, quatro operadores dominam: MEO, Grupo NOS, Vodafone e NOWO. A MEO, com uma participação de 41,3%, viu sua quota aumentar em 0,2 pontos percentuais, enquanto a Vodafone se manteve estável. As quotas da NOWO e do Grupo NOS, por outro lado, apresentaram pequenas quedas. Quando analisados apenas os acessos residenciais, a MEO lidera com 39,5% de participação.
No que diz respeito ao tráfego, a MEO também dominou, atingindo 40% do total, seguida pelo Grupo NOS e Vodafone, com 31,6% e 24,3%, respectivamente. As mudanças nas quotas de tráfego refletiram um cenário dinâmico e competitivo no setor de telecomunicações em Portugal.
Origem: Portal Consumidor Anacom