Em outubro de 2024, os preços das telecomunicações em Portugal mantiveram-se estáveis em relação ao mês anterior, de acordo com os dados mais recentes do Índice de Preços do Consumidor (IPC). Contudo, em comparação ao mesmo mês do ano passado, houve um aumento significativo de 7,2%, uma variação que supera em 4,9 pontos percentuais a taxa de inflação geral do IPC, que foi de 2,3%. A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) havia ressaltado a importância da contenção nos preços por parte das operadoras para 2024, buscando garantir acessibilidade aos serviços em um cenário de aumento do custo de vida e pressão inflacionária.
Nos últimos doze meses, a variação média dos preços das telecomunicações atingiu 6,7%, o que representa uma disparidade de 4,5 pontos percentuais em relação ao IPC, que foi de 2,2%. Este índice é o mais alto desde junho de 1994. Os serviços em pacote e os serviços telefónicos móveis observaram variações de 5,9% e 7,8%, respectivamente. A análise dos contratos das principais operadoras revelou que aumentos anuais de preços frequentemente estão atrelados ao IPC do ano anterior, o que resultou em um desfasamento entre a inflação geral e os custos das telecomunicações.
Em um contexto europeu, Portugal apresenta uma variação média dos preços das telecomunicações que é 6,5 pontos percentuais superior à média da União Europeia, onde a taxa foi de apenas 0,2%. Com um aumento de 22,7% nos preços das telecomunicações desde 2009, enquanto o IPC subiu 31,8%, a tendência contrasta com a UE, onde os preços caíram 10,2% no mesmo período. A operadora NOWO destacou-se por oferecer as mensalidades mais baixas em sete das onze ofertas analisadas, superando seus concorrentes MEO e Vodafone.
Essas dinâmicas refletem não apenas as pressões inflacionárias enfrentadas pelo setor, mas também a importância crescente da regulação e da competitividade nas telecomunicações em Portugal.
Origem: Portal Consumidor Anacom