A China solicitou oficialmente a criação de um painel de disputa com a União Europeia em relação às medidas definitivas de direitos compensatórios impostas sobre veículos elétricos com bateria fabricados no país. Essa solicitação, apresentada em outubro de 2024, segue o fracasso das consultas realizadas entre as partes em dezembro de 2024, que tinham como objetivo encontrar uma solução mútua. A China alega que o processo de investigação que resultou nas tarifas não atendeu aos padrões estabelecidos pelo Acordo da OMC sobre Subsídios e Medidas Compensatórias.
A União Europeia expressou seu desagrado com a decisão de Pequim, afirmando que esperava que as consultas tivessem esclarecido as preocupações da China. Apesar de reconhecer o direito da China de levar o caso à OMC, a UE mantém que as medidas adotadas são totalmente justificadas e em conformidade com as regras da organização.
Além disso, a União Europeia indicou sua intenção de implementar uma decisão recente relacionada às medidas sobre óleo de palma e biocombustíveis à base de palma, buscando um cronograma que seja razoável e acordado com a Indonésia. Este movimento é visto como uma tentativa de alinhar suas políticas com as diretrizes da OMC.
Em outro ponto, os Estados Unidos levantaram preocupações sobre a aplicação da legislação de segurança nacional em Hong Kong, reiterando que isso impacta negativamente a liberdade de expressão e os direitos humanos. Hong Kong contestou essa posição, acusando os EUA de usar as reuniões da OMC para posturas políticas, ao mesmo tempo que a China reafirmou que o mecanismo de solução de controvérsias deve tratar de questões comerciais ao invés de discussões políticas.
O próximo encontro do Conselho de Solução de Controvérsias da OMC está agendado para abril de 2025, onde novos desdobramentos sobre essas questões podem ser discutidos.
Origem: WTO news