A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) inicia uma nova era com a posse da embaixadora de Angola, Maria de Fátima Jardim, como secretária-executiva. Desde julho, Jardim se compromete a liderar a CPLP por um período de dois anos, podendo ser renovado. Com uma rica trajetória diplomática e experiência política, ela já atuou como deputada no Parlamento angolano e chefiou ministérios cruciais, como os de Ambiente e Pescas.
Em sua primeira entrevista à ONU News, a nova líder destacou a importância de modernizar a CPLP, enfatizando a criação de uma aliança social para alavancar o desenvolvimento econômico no espaço lusófono. “Devemos transformar nossos produtos em um cartão de diplomacia”, afirmou, reconhecendo que a paz e a estabilidade são fundamentais para o crescimento das economias dos Estados membros.
Jardim também ressaltou o potencial demográfico da CPLP, com previsão de que até 2100, a comunidade atinja mais de 500 milhões de falantes da língua portuguesa. Essa expansão é vista como uma oportunidade para ganhos significativos em fóruns internacionais, impulsionando o reconhecimento da língua.
O empoderamento feminino é outra prioridade na agenda de Jardim, que defende a educação e a formação de meninas e mulheres como pilares para um desenvolvimento sustentável. Apesar de avanços na representação feminina nos parlamentos lusófonos, nenhum país atualmente possui uma mulher como líder máxima, o que a nova secretária-executiva se propõe a mudar.
Jardim está determinada a concluir que a CPLP deve crescer de maneira inclusiva, destacando a importância do comércio e da justiça social. Com apoio financeiro e político de diversos Estados observadores, ela acredita que a CPLP pode se fortalecer e diversificar suas estratégias.
Ao encerrar a entrevista, Maria de Fátima Jardim fez um apelo à promoção da língua portuguesa e ao desenvolvimento de escolas e centros culturais, reafirmando seu compromisso em construir um mundo mais justo e equilibrado para todos os falantes de português.
Origem: Nações Unidas

