No segundo trimestre de 2025, o tráfego postal em Portugal totalizou 117,6 milhões de objetos, representando uma diminuição de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este volume foi composto predominantemente por correspondências, que corresponderam a 69,3% do total, seguidas por correio editorial e publicidade endereçada, com 7,4% e 7,1%, respectivamente. Em contrapartida, as encomendas mostraram um crescimento, ocupando 16,2% do tráfego total, um aumento de 1,5 pontos percentuais em comparação ao segundo trimestre de 2024.
Dentro da análise por categorias, as correspondências, o correio editorial e a publicidade endereçada apresentaram uma queda no tráfego, com percentuais de 8,5%, 3,3% e 15,2%, respectivamente. No entanto, as encomendas aumentaram 2,5%, sinalizando uma mudança nas tendências de consumo.
Apesar da queda geral no tráfego, a receita média por objeto experimentou um aumento significativo de 12,6%, refletindo a tendência de crescimento que começou em 2018. Esse aumento na receita foi impulsionado principalmente pela elevação de 21,1% na receita unitária das correspondências, devido a ajustes de preços introduzidos pelos CTT em fevereiro de 2025 e ao aumento do tráfego internacional relacionado às eleições legislativas de maio.
Os serviços postais inseridos no Serviço Universal (SU) foram responsáveis por 78% do tráfego total e 50,7% das receitas, embora o tráfego do SU tenha decrescido 6,8% em relação ao segundo trimestre de 2024. O grupo CTT, que detém uma quota de 79,3% do tráfego postal, viu sua participação cair 3,2 pontos percentuais em comparação com o ano anterior, com a quota no tráfego de SU estabelecida em 87%.
Outro aspecto importante relatado foi a diminuição de 2,8% no número de trabalhadores, totalizando aproximadamente 14,8 mil, com o grupo CTT apresentando uma queda de 7,7%, enquanto outros prestadores expandiram seu quadro de funcionários em 8,6%.
Além disso, houve um aumento nos pontos de acesso aos serviços postais e na frota de veículos, com um crescimento de 6,2% e 5,2%, respectivamente. Em contrapartida, o número de estações de correio dos CTT caiu 0,4%, enquanto o número de postos de correio aumentou 0,6%. As tendências observadas durante este trimestre indicam não apenas um período de desafios para os serviços postais, mas também uma adaptação às novas dinâmicas do mercado.
Origem: Portal Consumidor Anacom