O pintor Eduardo Batarda, Professor Catedrático aposentado da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, faleceu na última sexta-feira, dia 19 de dezembro, aos 81 anos, depois de uma longa doença. Natural de Coimbra, Batarda formou-se em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1968 e, posteriormente, ampliou sua formação no Royal College of Art em Londres, entre 1971 e 1974, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 1976, começou a lecionar na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde permaneceu até sua aposentação em 2008. O seu trabalho pedagógico foi amplamente reconhecido, tendo sido descrito pela FBAUP como uma referência para várias gerações de estudantes, devido às suas observações notáveis. O diretor da instituição, Miguel Carvalhais, expressou em nota de pesar a importância de Batarda, ressaltando seu papel no Conselho Científico durante a transição da escola para faculdade, além de sua contribuição na construção do Museu da Faculdade.
Batarda também teve um impacto significativo na aquisição de obras para a coleção da Faculdade, especialmente um conjunto de folhas adquiridas em leilões londrinos, com o apoio da UNICER. Sua influência na divulgação desse núcleo de desenho é considerada um marco na arte em Portugal.
O artista é lembrado por um legado intenso no campo das artes plásticas, combinando abstração, referências culturais e ironia em sua prática artística. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, descreveu Batarda como um “exército de um homem só”, elogiando seu estilo idiossincrático e irreverente.
Suas obras estão expostas no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu do Chiado, além de estar presente em coleções privadas na Europa e nos Estados Unidos. Durante sua carreira, Batarda recebeu diversas distinções, incluindo o Prémio Fundação EDP de Artes Plásticas em 2007 e a Medalha de Mérito Cultural, concedida pelo governo português em 2020.
Origem: Universidade do Porto
 
			 
 
 
		 
 
 
 
 

