Meta Platforms, Inc. encerrou o segundo trimestre de 2025 com resultados financeiros que solidificam sua posição como uma das principais potências tecnológicas globais. A companhia, fundada por Mark Zuckerberg, reportou receitas de 47,520 bilhões de dólares, um aumento de 22% em relação ao ano anterior. O lucro líquido disparou para 18,340 bilhões de dólares, marcando uma impressionante alta de 36% em comparação com o mesmo período de 2024.
Zuckerberg expressou otimismo em relação aos resultados: “Foi um trimestre sólido, tanto em termos de negócios quanto de comunidade. Estamos avançando significativamente na construção de uma inteligência pessoal que estará disponível para todos”. O recado é claro: a Meta não quer ser apenas a matriz do Facebook, Instagram e WhatsApp, mas sim liderar a próxima geração de plataformas baseadas em inteligência artificial.
Os números do segundo trimestre de 2025 destacam-se não só pelos lucros, mas também pela mudança estratégica da empresa em direção à infraestrutura de inteligência artificial. Nesse trimestre, Meta investiu mais de 17 bilhões de dólares em capital, o dobro do que havia gasto um ano antes. A CFO, Susan Li, confirmou que essa cifra deve continuar a crescer, com previsões de investimento total entre 66 e 72 bilhões de dólares para 2025, focando principalmente na construção de centros de dados especializados e hardware para o desenvolvimento e aplicação de modelos de IA. Zuckerberg confirmou que a empresa está construindo a infraestrutura de computação da próxima década.
Contudo, nem tudo são lucros para a Meta. A divisão Reality Labs, encarregada dos projetos de realidade virtual e metaverso, continua acumulando perdas significativas. No segundo trimestre de 2025, Reality Labs registrou apenas 370 milhões de dólares em receitas, com um resultado operacional negativo de 4,530 milhões de dólares. Apesar das dificuldades financeiras, Zuckerberg insiste na importância dessa estratégia, acreditando que a realidade mista e a inteligência artificial eventualmente convergirão.
Na Europa, a empresa enfrenta novos desafios regulatórios. As autoridades da União Europeia estão analisando seu modelo de anúncios menos personalizados, em conformidade com a Lei de Mercados Digitais (DMA). A Meta alerta que mudanças impostas nesse modelo podem prejudicar a experiência do usuário e a eficácia dos anúncios, impactando, assim, suas receitas na região. “Qualquer mudança obrigatória pode resultar em uma experiência publicitária significativamente pior”, diz um comunicado financeiro, que projeta um cenário tenso para os próximos meses.
Apesar das incertezas, a Meta mantém uma sólida posição financeira, com 47,070 bilhões de dólares em caixa e ativos líquidos. No segundo trimestre, a empresa utilizou 9,760 bilhões para recompra de ações e 1,330 bilhões em dividendos.
Os resultados do segundo trimestre de 2025 demonstram que a Meta está redefinindo seu modelo de negócios. Transitanto de uma rede social para uma potência tecnológica focada em inteligência artificial e computação escalável, a companhia agora enfrenta o desafio de equilibrar seus investimentos com a necessidade de manter rentabilidade, tudo isso em um ambiente regulatório cada vez mais exigente. A Meta almeja liderar a nova era da inteligência artificial, mas precisará agir com precisão para evitar que seu crescimento seja ofuscado por custos elevados ou tensões com Bruxelas. Afinal, enquanto Zuckerberg busca uma inteligência pessoal acessível a todos, a pergunta que permanece é: esse sonho será sustentável em um mundo cada vez mais fragmentado e competitivo?