Num cenário de crise na construção na Europa, a Aberdeen Investments observa sinais encorajadores para o mercado imobiliário, principalmente com um aumento nas expectativas de retorno. A escassez de novas construções, combinada com um renovado interesse em ativos de alta qualidade, pode impulsionar o mercado e iniciar uma nova fase de crescimento. Anne Breen, chefe global de imóveis da empresa, afirma que as correções já foram superadas e que as atuais dificuldades podem, paradoxalmente, beneficiar os investidores.
Os setores residencial e logístico são considerados os mais resilientes e dinâmicos nesse contexto. No Reino Unido, o segmento de “build to rent” está crescendo, especialmente após uma joint-venture com a John Lewis Partnership, com investimentos previstos que ultrapassam os 10 mil milhões de euros em 2024. Apesar das dificuldades enfrentadas na construção, a Aberdeen Investments acredita que esse cenário desfavorável pode levar a um suporte valioso para os retornos imobiliários no curto prazo, elevando as rendas e as avaliações de propriedades já existentes.
Além disso, a perspectiva para o mercado de escritórios é mais otimista. Com as quebras nos valores diminuindo, a Aberdeen Investments aponta que áreas como o West End de Londres, o CBD de Paris e o centro de Amesterdão podem ver um retorno de dois dígitos até 2025. A firma projeta um retorno de 9% nos próximos três anos para o setor imobiliário europeu, destacando que os mercados da Holanda, Espanha e Portugal são os mais promissores, enquanto segmentos mais fracos continuarão a enfrentar desafios. A mensagem é de otimismo cauteloso: na Europa, onde a construção está em declínio, possuir imóveis de alta qualidade pode resultar em uma posição vantajosa para os investidores.
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