O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou hoje preocupações significativas em relação à nova lei dos solos, que impõe uma pressão considerável sobre os municípios em um momento tão próximo das eleições. Em declarações à imprensa, o chefe de Estado revelou que tem recebido diversos alertas de presidentes de câmara sobre o peso que essa legislação coloca nas suas responsabilidades, especialmente no que diz respeito à transformação de terrenos rústicos em urbanos. Essa mudança substancial depende das deliberações das assembleias municipais, o que tem gerado um clima de incerteza entre os autarcas.
Marcelo destacou que, enquanto há uma necessidade urgente de aplicar fundos para habitação pública no contexto do Portugal 2030, a nova lei parece deslocar a responsabilidade para as autarquias, fazendo com que o Governo se afaste das decisões. Essa transferência de encargos levanta questões sobre a capacidade dos autarcas de agir de maneira eficaz e segura, considerando a proximidade do ciclo eleitoral. “Quem é o autarca que se sente à vontade para tomar estas decisões tão perto das eleições?”, questionou o Presidente.
As preocupações do chefe de Estado refletem uma tensão crescente sobre a implementação da nova legislação e suas implicações para a gestão municipal. Com as eleições se aproximando, a pressão sobre os presidentes de câmara pode afetar não apenas as suas decisões, mas também o clima político nas comunidades. A situação levanta debates sobre a adequação e o timing da lei, e poderá resultar em um movimento por mais esclarecimentos e ajustes por parte do Governo.
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