Durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, líderes mundiais adotaram uma declaração política inovadora visando combater as doenças crônicas e os desafios relacionados à saúde mental através de uma abordagem integrada. Este documento, fruto de intensas negociações intergovernamentais, foi aprovado antes da Reunião de Alto Nível realizada em setembro, que abordou com ênfase a prevenção e o acompanhamento dessas condições, bem como a promoção do bem-estar mental.
Com o título “Equidade e integração: transformar vidas e meios de subsistência por meio da liderança e ação em doenças não transmissíveis e da promoção da saúde mental e do bem-estar”, a declaração é a primeira a tratar conjuntamente as doenças crônicas e a saúde mental. Esse tema é urgente, visto que as doenças crônicas continuam sendo a principal causa de morte em todo o mundo, resultando em aproximadamente 18 milhões de óbitos prematuros anualmente. Além disso, mais de 1 bilhão de pessoas enfrentam problemas de saúde mental, frequentemente associados a fatores de risco evitáveis, como dietas inadequadas e sedentarismo.
A nova declaração estabelece metas ambiciosas até 2030, incluindo a redução de 150 milhões de fumantes, o controle da hipertensão em mais 150 milhões de pessoas e o acesso a cuidados de saúde mental para um número similar de indivíduos. Metas adicionais incluem a implementação de políticas efetivas em sistemas de saúde em pelo menos 80% dos países e a garantia de acesso a medicamentos essenciais, além de mecanismos de proteção financeira para serviços de saúde vital.
Complementando esses objetivos, o texto reflete sobre lições aprendidas durante a pandemia de Covid-19 e aborda novos desafios, incluindo poluição do ar, exposição a substâncias tóxicas e riscos associados ao uso excessivo de redes sociais. As mulheres e os jovens são apontados como os grupos mais vulneráveis a problemas de saúde mental, ressaltando a necessidade de uma abordagem voltada para a equidade.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, se comprometeu a apresentar um relatório sobre os progressos alcançados até 2030, em um esforço para garantir que os compromissos assumidos sejam eventualmente cumpridos. A Organização Mundial da Saúde e outras agências da ONU se prontificaram a auxiliar os Estados-membros na implementação dos compromissos estabelecidos, visando avanços concretos na prevenção de doenças crônicas e na promoção da saúde mental em todo o mundo.
Origem: Nações Unidas





