Na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP30, o Brasil propôs a inclusão de um roteiro para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis nas negociações oficiais, ganhando o apoio de diversas nações, incluindo Alemanha, Reino Unido, Colômbia e Quênia. Este movimento visa acelerar as ações contra o aquecimento global, almejando limitar o aumento da temperatura a 1,5°C. Durante o evento, ministros de vários países destacaram a importância de fortalecer a transição energética no texto que está sendo negociado.
A jovem Marcele Oliveira, campeã da Juventude na COP30, expressou a urgência de uma decisão sobre o tema, destacando que a dependência de combustíveis fósseis está “destruindo sonhos”. Ela ressaltou que os jovens aguardam uma ação imediata e que a proteção do futuro das crianças deve ser uma prioridade nas discussões. Durante uma reunião com jovens, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reconheceu as falhas das gerações passadas e pediu apoio dos jovens na “batalha decisiva” pela preservação do clima.
Guterres afirmou que a transição para fontes renováveis é crucial e ressaltou a necessidade de enfrentar a resistência de grupos empresariais que priorizam lucros em detrimento do bem-estar do planeta. Várias vozes jovens, como a de João Victor da Silva, de 16 anos, apontaram a inação dos adultos e o impacto real das mudanças climáticas em suas vidas, com jovens de Aruba testemunhando o desaparecimento de suas praias.
A líder indígena Txai Suruí comentou sobre a necessidade de maior inclusão dos povos indígenas nas negociações, destacando que a Amazônia está em risco de desertificação. Ela defendeu que os protestos são uma parte essencial da COP30, pressionando por decisões que priorizem a vida. A transição para a energia limpa deve considerar as realidades dos territórios afetados, incluindo demarcações de terras indígenas, para garantir que as mudanças não sejam ainda mais traumáticas para essas comunidades.
Origem: Nações Unidas






