As recentes descidas das taxas Euribor têm impactado diretamente os juros dos créditos habitação em Portugal, onde a maioria dos contratos são a taxa variável. O Instituto Nacional de Estatística (INE) comunicou que a taxa de juro implícita caiu para 3,978% em janeiro de 2025, marcando a primeira vez em 18 meses que fica abaixo dos 4%. Este valor representa uma diminuição de 11,3 pontos base em relação a dezembro, quando esteve em 4,091%. Comparando com o pico de 4,657% registrado em janeiro de 2024, verifica-se uma significativa queda de 67,9 pontos base.
No segmento de financiamentos para aquisição de habitação, considerado o mais relevante pelo INE, a taxa também registou uma descida para 3,945%, refletindo uma redução de 11,2 pontos base em relação ao mês anterior. Como consequência, a prestação média mensal fixou-se em 401 euros, sendo uma descida ligeira em comparação aos meses anteriores. Embora a parcela referente ao pagamento de juros continue a ter um grande peso na prestação, a tendência indica um alívio sobre os encargos mensais dos mutuários.
As novas contratações de crédito habitação estão a evidenciar uma real dicotomia, com juros próximos de 3% devido à recente descida das taxas Euribor. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro caiu de 3,349% em dezembro para 3,113% em janeiro de 2025. Apesar da descida das taxas, a dívida média dos novos créditos aumentou, sugerindo que a diminuição dos juros pode impulsionar os mutuários a contratarem valores mais altos. Especialistas apontam que há uma expectativa de continuidade dessa tendência, caso o Banco Central Europeu decida reduzir ainda mais as taxas, o que poderia estimular o mercado de crédito habitacional.
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