O governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, reafirmou a necessidade de elevar as taxas de juro como parte de um esforço para estabilizar a inflação em torno de 2% e fomentar um aumento sustentável nos salários. Essa declaração foi feita um dia antes do governo japonês aprovar um orçamento histórico para o próximo ano fiscal, focando no aumento das despesas em defesa e segurança social. A medida surge em um contexto em que a inflação continua a impactar o consumo e gerar preocupações sobre a crescente dívida pública do país.
Ueda destacou que a normalização da política monetária é essencial, e a elevação gradual das taxas de juro ajudará a criar um ambiente propício para aumentos salariais duradouros. Ele mencionou que o ajuste deve ser rígido às condições econômicas, mas manteve uma perspectiva otimista sobre a evolução positiva dos salários e preços. Essa mensagem se seguiu à decisão do Banco do Japão de aumentar a taxa de juro de referência para 0,75%, o mais alto em trinta anos, em um esforço para conter uma inflação que permanece em torno de 3%.
Enquanto isso, o governo liderado pela primeira-ministra Sanae Takaichi implementou um orçamento recorde de 122,3 trilhões de ienes, equivalente a aproximadamente 665 bilhões de euros, aumentando consideravelmente os investimentos em defesa e segurança social. Essa combinação de endurecimento monetário e expansão fiscal gerou preocupações entre investidores, com a desvalorização do iene e o aumento dos juros da dívida soberana. Economistas advertem que, embora as medidas sejam destinadas a impulsionar o crescimento econômico, o aumento na pressão sobre os mercados pode trazer riscos significativos para a economia e o custo de vida no Japão.
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