No dia 4 de dezembro, a Casa Comum da Universidade do Porto será palco da peça “Um labirinto, um homem, uma mulher”, uma produção do Clube de Teatro da Macaréu (CTM) que celebra o centenário do nascimento do poeta e jornalista Daniel Filipe, nascido em 1925 em Cabo Verde. A apresentação, que começa às 21h00, terá entrada livre e contará com audiodescrição ao vivo para garantir acessibilidade a todos os espectadores.
A peça é inspirada no poema “A Invenção do Amor”, escrito por Filipe durante a ditadura do Estado Novo, refletindo a luta contra a repressão e a busca pela liberdade do amor em tempos difíceis. Trata-se de uma narrativa sobre dois amantes perseguidos em uma cidade que não aceita a sua união, simbolizando uma resistência ao conformismo social. O poema, com sua linguagem rica e emotiva, expressa a urgência e a necessidade do amor, tornando-se um marco de resistência cultural.
Daniel Filipe foi uma figura importante na literatura portuguesa, destacando-se não apenas como poeta, mas também como um ativo jornalista que se opôs ao regime salazarista. Envolveu-se na publicação de diversas revistas e jornais, e seu trabalho continua a ressoar nas questões da liberdade e da condição humana. A encenação de Tó Maia, marcada pela profundidade da obra de Filipe, promete provocar reflexões sobre o amor, a solidão e a luta pela expressão pessoal em um contexto hostil.
Assim, a encenação de “Um labirinto, um homem, uma mulher” não só homenageia o legado de Daniel Filipe, mas também convida o público a refletir sobre a importância do amor e da resistência cultural em experiências humanas universais.
Origem: Universidade do Porto






