A Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos para 2025, assinada durante a presidência de Donald Trump, destaca a importância crescente da tecnologia no cenário geopolítico atual. Para além de abordagens tradicionais sobre relações internacionais com nações como China e as dinâmicas em torno da Europa, o documento apresenta uma clara mensagem: a nação que dominar a inteligência artificial, a produção de chips, as infraestruturas digitais e a cibersegurança terá um papel determinante na configuração do futuro global.
No cerne da estratégia, delineia-se uma lista de prioridades que não apenas visa manter a liderança em inteligência artificial e biotecnologia, mas também ressalta a necessidade de garantir o fornecimento de semicondutores e proteger redes de infraestrutura contra ciberataques. O foco é na consolidação do poder financeiro e tecnológico dos EUA como uma alavanca para influenciar globalmente.
Dentre os pontos destacados, a Estratégia reconhece que os interesses tecnológicos são vitais para a segurança nacional, com um chamado para que regulamentações e padrões tecnológicos estabelecidos pelos EUA sejam adotados globalmente. Isso não se resume apenas à exportação de produtos, mas envolve a definição de normas que se tornem referências em cadeias de fornecimento e propriedade intelectual.
O documento também enfatiza a crescente relevância das tecnologias de dupla utilização no contexto militar, como a inteligência artificial e os sistemas autônomos. Aborda ainda a questão crucial da dependência global de fabricação de semicondutores em Taiwan, um ponto estratégico que, conforme exposto, pode impactar diretamente indústrias fundamentais, como a de eletrônicos e inteligência artificial.
Além disso, a Estratégia de Segurança Nacional dos EUA delineia uma resposta coordenada ao modelo chinês, propondo investimento em infraestrutura digital nos países do “Sul Global”, buscando contrabalançar a influência da China em diversos projetos e empréstimos vinculados à construção de redes e infraestruturas.
Por fim, a importância da cibersegurança é destacada, com uma clara necessidade de colaboração entre o setor privado e o governo. Esse novo contexto cria tanto oportunidades quanto desafios para empresas tecnológicas, que agora se veem forçadas a navegar um cenário onde a segurança nacional e a estratégia geopolítica moldam suas operações e decisões comerciais.
Os impactos dessa estratégia devem ser amplamente analisados por especialistas e empresas do setor, uma vez que redefinem o papel da tecnologia na arena internacional contemporânea e chamam atenção para a urgência de uma ação coordenada frente a um mundo cada vez mais polarizado.






