O projeto para a construção de uma ponte sobre o estreito de Messina, entre a Sicília e o continente italiano, deu um passo decisivo com a aprovação definitiva do Governo no dia 6 de agosto de 2025. Com um investimento estimado em 13,5 bilhões de euros, a ponte, que será a maior do mundo, conta com dois sistemas de transporte—ferroviário e rodoviário—e deverá ser um marco no desenvolvimento da infraestrutura italiana. O ministro dos Transportes, Matteo Salvini, anunciou a intenção de iniciar as obras entre setembro e outubro de 2025, com a previsão de conclusão entre 2032 e 2033.
Entretanto, o projeto enfrenta um intenso debate público. Vários grupos, incluindo sindicatos e ativistas, manifestaram preocupações sobre o financiamento público da obra, argumentando que o dinheiro poderia ser melhor investido em necessidades urgentes das comunidades locais, como saúde e educação. Críticos têm destacado também o risco de infiltrações mafiosas, uma vez que a ‘Ndrangheta e a Cosa Nostra atuam fortemente nas regiões afetadas. Apesar das promessas do Governo de que haverá um rigoroso controle sobre a execução do projeto, muitos especialistas permanecem céticos quanto à possibilidade de evitar tais desvios.
Adicionalmente, questões técnicas de segurança foram levantadas devido às condições do estreito, que é suscetível a fortes ventos e terremotos. As preocupações vão além dos aspectos estruturais; autoridades e figuras da oposição têm criticado o projeto como um símbolo de desperdício de recursos públicos em vez de atender às necessidades fundamentais da população nas áreas afetadas. O debate continua a polarizar a opinião pública, enquanto o Governo de Meloni tenta justificar o investimento sob uma perspectiva de segurança e mobilidade militar, visando alinhar-se às diretrizes da OTAN.
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