O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou um artigo este mês que revisita a trajetória histórica do ouro, enfatizando os fatores econômicos, institucionais e sociais que sustentam seu valor ao longo dos séculos. A análise revela como o ouro evoluiu de um padrão monetário tradicional para um ativo de reserva fundamental e um instrumento de proteção durante períodos de incerteza financeira.
O documento destaca a importância do ouro como base dos sistemas monetários, incluindo o padrão-ouro do século 19 e o sistema de Bretton Woods, que fixou o dólar americano a 35 dólares por onça após a Segunda Guerra Mundial. Contudo, a suspensão da conversibilidade do dólar em ouro em 1971 trouxe uma nova era para as moedas fiduciárias, embora o metal precioso tenha se mantido relevante.
O artigo do FMI observa que o ouro se tornou um ativo de proteção em tempos de instabilidade econômico-financeira. Além disso, foi observado um aumento significativo nos preços do ouro durante períodos de inflação elevada e crises financeiras. Recentemente, a compra de ouro por bancos centrais tem crescido, refletindo uma tentativa de diversificação das reservas.
O FMI destaca três características fundamentais que sustentam o valor do ouro: escassez, durabilidade e confiança. Essas qualidades, combinadas com um consenso social sobre o papel do ouro como reserva de valor, garantem sua posição no sistema financeiro global. O artigo sugere que, à luz do atual contexto geopolítico, muitos países estão fortalecendo suas reservas de ouro para reduzir vulnerabilidades externas.
Além de sua função econômica, o texto também discute o peso cultural do ouro em várias sociedades, onde continua a desempenhar um papel simbólico importante, evidenciando a interligação entre tradição e os sistemas financeiros contemporâneos.
Origem: Nações Unidas





